Muita gente não sabe, mas o valor que você recebe do INSS pode estar defasado ou incorreto por detalhes que passaram despercebidos na hora da concessão. Por exemplo, períodos em que você contribuiu como autônomo ou em regime especial (insalubre, por exemplo) podem não ter sido computados corretamente, reduzindo o tempo total de contribuição; isso interfere diretamente no cálculo do benefício.
Também é comum que adicionais de insalubridade, periculosidade ou mesmo gratificações não tenham sido incorporados à base de cálculo do salário de benefício, gerando uma média menor do que a real. Em alguns casos, descontos indevidos, como taxas de sindicato ou empréstimos consignados não autorizados, permanecem lançados nos seus pagamentos. Identificar essas falhas pode significar recuperar valores significativos que foram pagos a menos desde o início do benefício.
Para aproveitar a revisão de benefício a seu favor, primeiro faça uma leitura cuidadosa do seu Extrato CNIS, comparando cada vínculo e cada contribuição com seus comprovantes de recolhimento. Se encontrar alguma inconsistência, reúna holerites, guias GPS e documentos que provem o direito e protocole o pedido de revisão pelo Meu INSS.
Vale a pena verificar também se há possibilidade de revisão da forma de cálculo do seu benefício, especialmente para quem começou a contribuir em patamares de salário inferiores àqueles praticados hoje. Lembre-se de que você tem até 10 anos para solicitar a correção desde a data de cada pagamento, e o valor retroativo pode chegar a milhares de reais.
Em um cenário de constantes mudanças na legislação previdenciária, agir com informação e pró-atividade é a melhor forma de garantir que você receba exatamente o que merece.
Deixe nos comentários se você já passou por esse processo ou quais dúvidas ainda tem sobre revisão de benefícios!